Teatro Municipal Gonzaguinha
Rua Benedito Hipólito 125
Centro
“Salve o dinheiro!” é a primeira fala da peça. E é em torno da disputa pelo dinheiro - ou pelo ouro - que se desenvolve a comédia VOLPONE de Ben Jonson (1572- 1637). A ambição e a ganância que caracterizam os personagens da peça é destacada nessa livre adaptação do clássico, assinada e dirigida por João Batista. VOLPONE é a montagem de formatura da turma de dez atores formandos do Curso de Formação Profissional da CAL - Casa de Artes de Laranjeiras do primeiro semestre de 2017, que estreia no próximo dia 30 de março no Teatro Municipal Gonzaguinha Contemporâneo de Shakespeare , Jonson é considerado pelos críticos como tendo sido, juntamente com o genial autor inglês, um dos nomes mais representativos do chamado “teatro elisabetano”. O desejo de renovação e modernidade que marcava os autores da época revela-se em Jonson pela ousadia na abordagem de temas como a ganância e a luxúria, de forma direta e bem humorada. Sua obra possui um estilo próprio, pois apesar de um cunho realista, acha-se impregnada de fantasias que beiram o absurdo. No caso de VOLPONE, os personagens têm seus nomes relacionados a animais. “Volpone” seria “raposa” em italiano, combinando com a esperteza do protagonista. E em torno de Volpone transitam Mosca, Canina, Corvino, entre outros. Na disputa pelo dinheiro, os personagens deixam vir à tona suas “características animais”.
A trama desenvolvida por Jonson é uma sátira impiedosa. Volpone é um espertalhão que finge estar à beira da morte, espalhando a notícia de que é muito rico e não possui herdeiros. Sua herança ficará portanto para “quem o tratar melhor”. A partir daí, passa a ser adulado por vários personagens que lhe oferecem presentes valiosos, jóias, dinheiro... Todos de olho na herança, que não existe.
A adaptação situa a peça num local e num tempo imaginário, destacando assim a atemporalidade do tema e acentuando o caráter crítico do texto original de Ben Jonson. É uma comédia com tons soturnos, que faz ao mesmo tempo rir e pensar. A adaptação e direção geral são de João Batista; coreografias e direção de movimento de Dani Cavanellas; iluminação de Renato Machado; figurinos de Mauro Leite e cenário de Adriano Ferreira.
Ben Jonson
João Batista
Renato Machado
Adriano Ferreira
Mauro Leite
Dani Cavanellas
Marcia Quarti
Naara Barros
Rita Ariani
Pablo Henriques
Ana Gaio